Saturday, December 30

Diz Claima

Estimado leitor cibernauta,

Estando este blog em quadra festiva comemorativa do seu milésimo leitor sinto aqui a necessidade de vos tecer algumas considerações sobre o porquê de escrever tão pouco em Lisboa:

- em Lisboa não passo o dia com um portátil à frente, o que apenas me permite escrever quando posso e não quando quero (não funciono bem com a história do bloco de notas).

- Ao contrário do que possam pensar – e embora a minha vida cá seja fundamentalmente baseada em aspectos de borga - é-me mais fácil arranjar tempo para escrever cá!... na Irlanda não tenho tido quase nenhuns tempos livres.

- Como disse no post abaixo, Lisboa traz-me emoções e desde que cá cheguei confirmei uma desconfiança que tinha sobre a minha capacidade de comunicação com o exterior:
Isto é um blog onde escrevo coisas que quero partilhar com as pessoas que me rodeiam. Serve, principalmente, para me manter ligado aos meus amigos de uma forma extremamente simples e eficaz.
Na Irlanda conto coisas que se passam à minha volta e interpreto o que quero, quando quero. Aqui é diferente... aqui apetece-me escrever sobre a minha vida privada e essa conto apenas a quem quero e escreveria, eventualmente, num diário... não num blog.

Pronto, tenho dito... se não vos vir até lá, tenham uma bonita festa e divirtam-se muito.

Beijos e abraços sentidos,

Shamrock


P.S.:Estou com esta conversa mas é óbvio que, de vez em quando, lá me abro um bocadinho convosco... e nem costuma cheirar mal.

Altos e Baixos


Ouvi umas bocas, de um dos meus leitores assíduos, sobre a minha nítida quebra de humor bloguístico desde o meu regresso à pátria... não posso deixar de concordar.

O meu aparentemente constante bom humor Irlandês também deriva da falta de ligações que tenho à mundo que lá me rodeia e consequente capacidade de me desligar do que me manda ao charco.
A pátria traz-me emoções e, em finais de noite, com os ingredientes certos, pode-me dar para as libertar.

Não estejam preocupados comigo porque os Lepricónios são resistentes e quando a sorte não bafeja eles peidam-se e o Universo equilibra-se.

Se vos alegra... ontem fui Feliz... e como é estupidamente simples, já dizia alguém que percebe disto.

Shamrock

Wednesday, December 27

O dia promete...

O dia mais produtivo desde as férias de verão:

Cama às 5:30
Despertar às 8:30 para abrir a porta a quem trabalha
9:30 Trigésima, e última, volta na cama... não consegui adormecer
9:45 – 10:30 Belissima corrida na Quinta das Conchas... não fazia nada à mês e meio.
10:30 – 11:30 Banhos e companhias – desculpa Mãe Natureza, mas ‘tava a precisar
11:30 – 12:00 Marcação da viagem Lisboa-Londres-Shannon
12:00 - 12:30 Activação do seguro da Multicare e marcação da 1ª consulta... para as 15h
12:30 – 14:30 Pequeno-Almoço e aparranço a ver tudo o que não tenho visto na janela mágica no último mês.
14:30 – 15:15 Trânsito
15:15 – 16:00 Campo-de-Ourique, sala de espera do British Hospital, consulta, receita e tratamento.
16:00 – 16:45 Lavagem e aspiração do carro da mamã ao lado de casa do emigra Barcelonês.
16:45 – 17:15 Amoreiras... buscar óculos e tomar café com o dito cujo... emigra
17:15 – 17:45 Trânsito
17:45- Apanhar o Chef em Sete-Rios e rumar à Gulbenkian
18:00 – 19:00 Esposição Amadeo de Souza-Cardoso Diálogos de Vanguarda... muito bom... tem 2 pisos, não se enganem
19:00 – 19:30 Levar Chef a casa, atestar depósito a apanhar avós em casa.
20:00 Jantar de anos atrasado da Avó
23:15 Vinda a casa buscar carteira e escrever no blog enquanto o Chef não sai do cinema
23:45 - ???? O futuro adeus hortence

Shamrock
Preciso de partir qualquer coisa, mas não quero partir nada.

Um Dia Bom

...

Hoje acordei, hoje chorei,

hoje dormi, hoje sorri,

hoje revi, hoje redisse,

hoje vivi, hoje estou triste

Gonçalo

Monday, December 18

Poemita de Natal

Chama-se “Tudo o que eu quero pelo Natal és tu – ou a Felicidade de amanhã estar em Casa”:


Gosto da comida que, de forte, me deixa a chorar,


Gosto dos patinhos com o rabinho a dar a dar.

Shamrock

Sintomático

Ontem fui ver o “Déjà vu”.


Jim Caviezel – You’re gonna need some divine intervention.
Denzel W. – You’re gonna need some KY


1/3 da sala riu-se… e você?

Shamrock



n.d.r. – Não foi exactamente isto, mas o meu “ponto” ainda não foi actualizado.

P.S.1 – Gostei muito do filme… meio thriller, meio Ficção Cientifica, meio História de Amor… já dá 1 filme e meio, o que por si é de louvar. Além disso ela vai muito bem…

P.S.2 – Tive de ver ao dicionário ver como se escrevia “sintoma”.Não sei se é da minha cabeça, se do acordo ortográfico, mas acho que se escrevia assim: “simptoma”.

P.S.3 - Gosto quando ocupo mais espaço nos póstumos do que no corpo do texto.

Thursday, December 14

Pós-ressaca Report

O dia de ontem foi muito duro!

O formador era muito bom e impecável, o tradutor era fraquinho, hilariante e de Curitiba.

Após muita palhaçada, tradução, dormitanços e bocas de parte a parte, tive 20Valores.
Por respeito à Entidade que me vai dar autorização para trabalhar em construção na Irlanda, não vos vou explicar como.

O 3º residente da Bachelor-Fazenda chegou ontem à noite, fomos jantar ao Italiano e hoje de manhã foi-se a água a meio do banho.

Shamrock

Notas:

Tirar o sabonete sem pressão na água é muito dificil. Sem água é muito mais.

Em Lisboa tenho garrafões de 5 litros para uso quando a água falta. Aqui não.

Vinho Branco, Tinto, Porto, Gin Tónico, Champagne, Brandy, Cognac e Baileys não se devem misturar. Deverá haver maior critério no momento da aceitação das ofertas.

Censura

Hoje escrevi um post que não vou publicar.

Era uma boa posta, com uma dose considerável de humor (do bom e do menos bom) e com muito conteúdo informativo sobre o meu estado de espírito e curso de vida. Talvez a publique lá para Fevereiro.

Mental note:
Um blog não pode, nunca, ser um caixote de frustrações profissionais pelas mais variadas e inteligentes razões.

Fumei 2 maços desde que cheguei… todos depois do jantar. Hoje fumei um cigarro à tarde.

Tuesday, December 12

Futurismo


Hoje é a festa de Natal, o que, na Irlanda, implica jantar, pub e discoteca até às 2:30… está-se mesmo a ver… desgraça à Irlandesa.

Amanhã, a começar às 8 da manhã em Shanon, tenho um curso de segurança – Safety Pass -, que dura o dia todo e tem um exame no fim.

Baldrocas


Anteontem mudei de casa. Troquei CastleConnell por CastleTroy… e ainda não vi nenhum castelo.

Com um certo grau de vergonha, apercebi-me que ainda não vos apresentei o meu ex-Burgo:

O contingente Tuga está, e estará, sedeado em Castleconnel, relativamente perto do que será o estaleiro da obra, entre Limerick e Nenagh (leia-se Nina… não se pergunte como).
Castleconnell é uma terra típica do country-side Irlandês, tem uma igreja bonita, um monte de casas +/- iguais e tem, à beira do lago, um famoso e bem bonito hotel.
Na saída oriental há um pub genial, o Charco’s, seguido de uma rua com 7 casas, 5 das quais sob ocupação Lusitana – agora são 4.

Falo de vivendas cinzentonas de casca, quentinhas de coração, feiozas de natureza e bichosas de estimação.
São novas e de matéria prima decente mas – característica comum aos restantes interiores que vi - duvido que alguma vez tenham sentido o calor das mãos limpas de um carpinteiro(1*).
Cada vivenda tem um piso superior (com um quarto, uma suite e uma casa-de-banho), um piso térreo (com uma sala, uma cozinha+sala de jantar) e um quintalinho rodeado por um muro de 2,50m de alvenaria de betão sem pintura – igual a todos os outros muros que rodeiam todas as outras casas deste país.
Não há pressão nenhuma nos duches porque o deposito fica +/- 20 cm acima das nossas cabeças. Lavei a cabeça 3 vezes naquela casa desde que cheguei… 2 fora... eu sei

Foi bom... jantávamos nas casas uns dos outros e tínhamos os Jeeps comunitários com o motor a trabalhar às 7:45. No more.

O meu ex-parceiro de ex-casa muda-se hoje, sozinho, para Limerick e eu, com o B. e o V. que está para chegar, passamos a ser o trio solteirão de Castletroy.

A nova casa não tem Pub a “walking distance”, não tem vizinhos compatriotas e não tem uma casinha de banho no meu quarto, mas é linda, fica muito mais perto de tudo e é linda. Além disso tem um motor eléctrico no duche, é bem bonita e tem couves no quintal - coitadas...

O carpinteiro era um autêntico javardo.

Shamrock


P.S. A proprietária é uma professora universitária trintona que se mudou para Inglaterra e presenteou-nos com diversos “esquecimentos”, tais como pacotes de molhos e leite abertos no frigorifico, pensos higiénicos pretos para tanga, marotas peças de lingerie e fotografias das suas férias em Vilamoura… foram bons momentos. Vejamos o que vem aí ;p.


(1*) – Em construção civil, o Senhor que faz os trabalhos de madeiras (portas, janelas, armários, rodapés, remates e remendos) chama-se Madalena e é um Carpinteiro de Limpos. Os Carpinteiros “de sujos” fazem escadotes, cofragens, andaimes e passadeiras-para-tapar-buracos. Percebe-se a diferença?
No que concerne à higiene doméstica, os Irlandeses são um bocado porcalhões… os carpinteiros deles pautam sob a mesma batuta.Não vou conseguir explicar o quão maus eles são nisto… depois mostro-vos fotos.

Monday, December 11

Paisagens


Hoje corri a obra de uma ponta a outra.

Além de ter todos os rios e riachos a transbordar, há paisagens absolutamente lindas aqui.


Tenho pena de ainda não ter arranjado maneira de sacar fotos do telemóvel e de as que lá tenho estarem todas tremidas.
A aguarela é de uma terra chamada Killaloe, a fechar o Lough Derg (o Lago, p'rá gente).

Countdown

De hoje a uma semana, por esta hora, faltará cerca de 1 dia e meio para estar num qualquer café Olisiponense.

Sunday, December 10

Speechless

How can I put this?...

Ontem fui ao Trinity… aguardam-se cenas dos próximos capitulos…

Wednesday, December 6

Mães


Um cabide para calças é uma espécie de cabide a sério mas com umas molas nas pontas que servem para agarrar as bocas das calças, ficando estas penduradas de cabeça para baixo.
Tem como principal objectivo manter as ditas bem “esticadas” em toda a sua extensão (deixando a parte mais pesada no fundo) e a sua não vincagem/amarrotagem, não as dobrando sobre um cabide.

Como não conformidade grave, foi assinalada, em minha casa, a ausência dos referidos cabides (1*).

Durante o fim de semana, em Dublin, enquanto eu e o meu Pai praticávamos o turismo-despreocupado, a minha Mãe, de quando em vez, desaparecia para um qualquer estabelecimento comercial (do Habitat à loja dos 300, passando pelo Lidl) em busca dos mais básicos artigos que numa casa devem existir… do cesto da roupa suja ao cabide para calças.

Até vos pode parecer normal… mas foi durante o dia todo… em momentos onde me parecia inimaginável que alguém se pudesse lembrar de tal coisa… entrei em mais de 10 lojas de Chineses… e não queria… só mesmo para a ir buscar.

Entretanto… ainda bem que tinha 1 dos ditos cujos (cabides, naturalmente, porque dos outros ainda tenho os 2) porque amanhã tenho a cerimónia de colocação da 1ª pedra e as calças do fatinho vão poder estar à altura… vai ser pena é a chuva e a lama… oh well

Shamrock


(1*) – os cabides existentes na minha residência, no momento da auditoria, tinham sido gentilmente cedidos pelo Superstore Dunnes… embora contasse apenas com um cabide para calças, fica aqui, desde já, o meu mais sincero agradecimento ao senhor da secção de roupa de homem.

Dell’s costumer, corporate-costumer and other services

Hoje telefonei pela 3ª vez para a Dell… queria saber porque é que ainda não tinha recebido o mail de confirmação de encomenda de 2 impressoras que comprei online na 4ª passada, altura na qual me disseram que seria entregue na 5ª…
Das vezes anteriores, após muito ping-pong e algum jogo de cintura ficaram sempre de me voltar a ligar.
Após ter repetido o meu nº de recibo-de-compra-na-internet a 5 jovens diferentes de departamentos diversos em múltiplas zonas da Irlanda e Reino-Unido, consegui finalmente obter o meu nº de ordem de compra, que prontamente utilizei para poder ligar para outro número onde tive o prazer de poder repetir o meu novo nº 3 vezes mais.

Ficaram de me ligar amanhã…

Entre Inglaterra e Irlanda, cheguei à conclusão que todos os trabalhadores da Dell vêm do Sri Lanka… o que torna muito complicada a tarefa de anotar os seus nomes…
A seguir ao soletrar em linguagem internacional de rádio do Sr. Balvinder, apanhei um tal de sr. Raincut que se recusou a dar-se a esse trabalho… desisti.

Não é só em Portugal, nem só na função pública.

Se ao menos se pudessem chamar Maurício Mendes…

Beijos,

Shamrock

Tuesday, December 5

Cores


O Glórias espalhou a sua classe este fim-de-semana.
Eu acompanhei o jogo no carro, a caminho de Dublin, usando o meu, já aqui referido, espectacular portátil com Internet celular e GPRS.
Toda a gente sabe que o Miccoli é grande, o Katsouranis enorme e o Glórias o Maior, por isso não me vou estender sobre um jogo que infelizmente não tive oportunidade de ver.

Falar-vos-ei, a pedido de muitos dedos, do panorama clubístico da minha equipa de trabalho. É muito simples:

Começo por vos dizer que, tirando eu e um jovem de Leiria, todo o resto do matagal é do norte. Maioritariamente Porto.

Cores:
O chefe, o B. e as 2 meninas são azuis… ferrenhos, no caso deles
O resto do pessoal é boa gente
10 p’ra 4… não ‘tá nada mal!
Ah… também há um lagarto… vive em Dublin e é o representante da empresa na Irlanda… a Aristocracia é um posto ;p. Por falar nisso: Boa Sorte para logo.

Re: Fwrd:

"
Um Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita.

Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base...
Uma Figura Ímpar;
Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo ortogonal, seios esferóides.

Fez da sua
Uma vida
Paralela à dela.
Até que se encontraram
No Infinito.

"Quem és tu?" indagou ele
Com ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode chamar-me Hipotenusa."

E de falarem descobriram que eram
O que, em aritmética, corresponde
A alma irmãs
Primos-entre-si.

E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz.
Numa sexta potenciação
Traçando
sabor do momento
E da paixão
Rectas, curvas, círculos e linhas sinusoidais.

Escandalizaram os ortodoxos
das fórmulas euclidianas
E os exegetas do Universo Finito.

Romperam convenções newtonianas
e pitagóricas.
E, enfim, resolveram casar-se.
Constituir um lar.
Mais que um lar.
Uma Perpendicular.

Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e
diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade
Integral
E diferencial.

E casaram-se e tiveram
uma secante e três cones
Muito engraçadinhos.
E foram felizes
Até àquele dia
Em que tudo, afinal,
se torna monotonia.

Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum...
Frequentador de Círculos Concêntricos.
Viciosos.

Ofereceu-lhe, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.

Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais Um Todo.
Uma Unidade.
Era o Triângulo,
chamado amoroso.
E desse problema ela era a fracção
Mais ordinária.

Mas foi então que Einstein descobriu a
Relatividade.
E tudo que era expúrio passou a ser
Moralidade

Como aliás, em qualquer
Sociedade.

"
Autor desconhecido - pelo menos por mim e pelo gajo que m'o enviou por mail

Monday, December 4

Sonhos

Ando com uns sonhos marados… desde me ser diagnosticada uma doença fatal a carnavalescas histórias da vida real apenas relatáveis aos personagens envolvidos.

Não costumo ter pesadelos… nunca percebi muito bem o objectivo

Viagens

A minha Querida Irmã está na Índia… em terras que não consigo pronunciar lá p’rós lados de Darjeeling.










4/5 da BD - a melhor equipa de meninos de coro que jamais saiu de St. Amaro de Oeiras (era mais ou menos assim, não era?) – está em Terras de Vera Cruz a gozar os prazeres fáceis e fúteis do turismo-caipira.

Independentemente das preferências que nos assistem a todos, tenho a certeza de uma coisa:
Chá ou Leite de Coco… queria estar convosco

Divirtam-se a potes!

Shamrock

Conselho-de-amigo:
Só vos digo uma coisa: Cuidado com a caipirinha e sol com fartura porque toda a gente sabe que os óleos das farturas não se dão bem com o sol e ainda podem apanhar uma congestão.

Fotos

Desapareceu-se-me o botanito que me permitia por fotos aqui... não sei porquê.

Sunday, December 3

Fim-de-semana



Eu e o VF. fizemos anos na 5ª… Entre Primaveras, Verões, Outonos e Invernos, já vou com 104… puxado, mas ele conta 192.
Os meus pais vieram cá passar os meus anos… amorosos, não são?
Chegaram na 5ª à noite e fomos todos (toda a estrutura Lusitana da Obra, entenda-se) jantar a Limerick a um restaurante bem simpático chamado Luigi Malone’s.
O evento social foi um sucesso e teve um belíssimo final de Champagne em casa do chefe… acho que gostaram todos uns dos outros.

6ª Feira, ao fim da tarde, apanharam-me e, depois de uma passagem q.b. traumática pela minha actual habitação(1*), seguimos para fim-de-semana em Dublin.
Muito frio, vento e chuva depois, posso dizer-vos o seguinte:

- O centro de Dublin é muito mais pequeno do que esperava (para visitar como turista é um bom destino de fim-de-semana… se for prolongado já começa a cheirar a abuso)

- Fazer turismo no meio de um temporal é mais giro do que soa mas não deixa de não ser grande ideia.

- Existe, actualmente, um problema de falta de oferta de camas em Dublin, o que faz com que seja caro e difícil arranjar um hotel… o Hotel Aston, perto do Temple Bar, não vale um caracol (gostava de vos dar uma avaliação Preço/Qualidade, mas não me pareceu haver qualquer relação entre eles… acho que não se dão ;p) … Partilhar um quarto triplo com os pais é capaz de não ter ajudado, mas não havia alternativa.

- Há muito mais mulheres bonitas em Dublin do que em Limerick, algumas delas até são Irlandesas.

- Os Irlandeses não gostam da Margaret Tatcher e são ainda mais barulhentos ao jantar do que os Espanhóis.

- A capacidade de orientação da dupla Pai/Mãe (não confundir com Pai Mei, que era o Maior) como piloto/co-piloto de um veiculo automóvel num país estranho sofreu uma queda acentuada e preocupante desde a viragem do milénio.

- Comprar recargas da Mont-Blanc na Irlanda é muito mais difícil do que se possa pensar - se alguma vez precisarem, eu conheço uma joalharia que vos desenrasca.

- O Irish Stew é extremamente parecido como a carne estufada com batatas da minha Mãe(2*). Apercebi-me disto no exacto momento em que me apercebi que saboreava o petisco com notório prazer. Ainda tentei disfarçar, mas era inevitável… fui apanhado… merda para os preconceitos das minhas papilas gustativas.

- Não sabia que a expulsão dos Filipes - e consequente restauração da independência do país do mundo com mais amigos meus - não era celebrada com um feriado a nível mundial. Provavelmente por isso, a quantidade de turistas Portugueses em Dublin (em número e em rácio) era impressionante.

- O gorro e as luvas que comprei no Corte Inglês não servem de muito se não os tirar da mala.

- 104 é mais que 100 e 198 é menos que 200, o que significa que já passei mais de metade do caminho do VF.... não tinha noção que já vinha aqui...

Kind and homesick regards,

Shamrock

(1*) – Tivemos que passar por casa para deixar a gigantesca mala de roupa que tinha deixado no meu anterior País de residência.
Escusado seja dizer que fui canado numa quantidade de não-conformidades leves, graves, muito-graves e criminosas na gestão de um household.

(2*) – Historicamente é assumido, em minha casa (a de Portugal, entenda-se ;p), que eu não gosto da carne guisada com batatas da minha Mãe… prefiro o esparguete. Quando é com batatas eu reafirmo o esforço que faço a bem dos valores familiares.
Facto: Não gosto de Jardineira.

P.S. – Lembram-se daqueles personagens nos aviões ou nos comboios, de portátil ao colo, com o ar mais cosmopolitamente sofisticado que conseguem arranjar?... sou eu… estou no comboio de volta (42€ por uma viagem de 200km…) a ouvir Ornatos, escrever posts e surfar na Net com o meu modem da Vodafone… que nível.

Friday, December 1

Inspirações e desencontros


Ao contar esta história, prometi que, quando este personagem (que depois de 2 anos e meio lá assumiu ser emigrante e fez um blog) m'a mandasse, lá colocaria a inevitável foto.


Como já passou demasiado tempo e ninguém lá as iria ver, resolvi pô-la aqui.


eu sou um deles e os outros são aqueles