Closer look

Já repararam que na foto do “tête à tête” da rua do Arsenal há transeuntes despreocupados?
Ou eles confiavam piamente na capacidade do SM para a resolução de conflitos ou ainda não se tinham posto na possibilidade de dois tanques virados um contra o outro poderem não estar a defender as mesmas cores.

Já não se fazem transeuntes como antigamente…

Shamrock

P.S.
Apercebi-me, no fabrico deste post, que o transeunte tem como única acção a transeuntação… ele não é um “transeunte a passar” ou um “transeunte despreocupado a passear-se”. Ele é um “transeunte despreocupado a transeuntar”.
Apercebi-me ainda que a frase “Ou eles confiavam piamente na capacidade do SM para a resolução de conflitos…” para quem não sabe que estou a falar do Capitão Maia pode ter uma interpretação curiosa… descarregas as energias violentas à chicotada na parceira e vens para a Rua do Arsenal todo Zen evitar um “banho de sangue”… vais a ver e o Maia ainda estava com o corpete de Látex por baixo.

25 de Abril Sempre

Fascismo Nunca Mais

(On the photo you can see Captain Mayan Willow preparing an illegal street race between Tanks and Chaimeets)

100ª Lição

Castletroy, 20 de Abril de 2007

Sumário:
Festa de 100º Post Lembram-se de como era?

Neste post não escrevo sobre nada. Vai ser tipo a 100ª lição… cada um traz uma coisa de que gosta e partilha nos comentários com os outros… por isso quero ver essas mamãs a fazer rissóis.
Eu trouxe o gin tónico, os amendoins e o baralho para o King (tive p’ra trazer a ginginha e a linguiça mas vou deixar isso p’rá Melissa, que era empregada do bar do Pós’ e aparece neste post porque rima com Linguiça… e não só).

Meus amigos, quem não quiser deixar um comentário para a partilha continua a ser bem-vindo mas não é mais do que um fio de ranho dentro de um Balde de Merda.

Bem hajam e boa festa,

Shamrock

Astronomia

Passei quase todos os verões da minha infância no Algarve, na Manta-Rota. Aquela infinita praia, que se estende de Vila Real até à Fábrica, está no meu imaginário… faz parte de mim.
Entre outras coisas, a minha noção de Norte e Sul, de Nascente e Poente, da geografia básica dos sítios que me rodeiam, vem de lá… vem das perguntas que me surgiram enquanto lá estava.

Ontem, ao orientar a planta de um troço da obra, perdi o Norte… estávamos a meio da tarde… olhei para o Sol e ele caía para a direita... pensei no lindo Sol Manta-Rotense que sempre insistiu em pôr-se, com uma calma maravilhosa, lá para os lados de Sagres e parei breves segundos para fazer o raciocínio customeiro… ora Sul, de tarde, Sol à direita, trautautau… Norte, de tarde, Sol à esquerda… vira carta… orientado.

Um dia destes ainda vou para o Survivor…

Shamrock-em-sintonia-com-os-elementos

Religião – ou “Graças a Deus que sou ateu”

Não gosto de dogmas! Incomoda-me que tanta gente que conheço, tanta gente que considero inteligente, acredite numa coisa (que choca com quase tudo o que o raciocínio lógico lhes ensinou) apenas porque que lhes foi incutido na sua infância… faz-me lembrar aquelas escolas extremistas islâmicas que ensinam às crianças que o “cancro ocidental” tem que ser exterminado ou a história do pequeno-almoço de campeões incesto-canibalesco dos comunistas.

Só não sou ateu porque, com o meu nível de conhecimento, me é impossível provar que Deus não existe. Como tal… sou agnóstico.

Gosto de alguns dogmas… gosto de contradições incapazes de fazer mal a uma mosca, de incoerências a bem do bom estado da minha natureza humana. Assim, vou-me estender sobre três assuntos que me são particularmente queridos... o Clandestino, os Pearl Jam e o Benfica:

- Vou ao Clandestino porque existo! Tem uma Sangria Branca discutível e um chouriço assado manhoso que, quando combinado com a primeira, cria um “caldo” que o corpo de um Ser Humano Médio leva cerca de 43h a absorver (o que atrapalha consideravelmente a dinâmica do almoço de Sábado com os avós). O Clandestino é, possivelmente, o único bar no mundo onde se sentam 15 pessoas à volta de uma mesa com 25cm de raio porque, passo a citar, “-cadeiras eu tenho, preciso é das mesas”. O Clandestino tem um dono com momentos de sublime falta de consideração para com os clientes, a quem se atura quase tudo porque, na verdade, somos quase família. No Clandestino ouvem-se os CDs até ao fim porque o CD merece respeito e porque dá muito menos trabalho. No Clandestino os telemóveis não apanham rede mas não faz mal porque, se nos telefonam e não temos rede… é porque estamos no Clandestino.

- Não sou gajo de idolatranços… acho isso perigoso e raramente tem algum fundamento válido. Tive um poster do Elvis no quarto, mas o Elvis é o Rei… era uma questão de respeito de um puto de 10 anos.
Anyway… os Pearl Jam são a melhor coisa de sempre! Quem não concorda com isto é cego, surdo, mudo e nunca os conheceu. Os Pearl Jam não são bem uma banda… são uns grandes amigos nossos que fazem umas músicas lindas e que dão uns concertos mágicos. Os Pearl Jam criaram obras como o Black ou o Betterman, o Daughter ou o Indifference, mas também foram capazes de fazer o Evacuation… porque os amigos, às vezes, também nos magoam.
O Eddie Vedder é, de certeza absoluta, o gajo mais impecável da História… o mais perto que Deus chegou de uma imagem de si próprio. Eu, se fosse mulher, fazia tudo para ter um filho dele… isso e usava calças de cintura descaída ;p.
A nós, resta-nos continuar a comprar os CDs e a ir aos concertos… todos… e se forem 3 dias seguidos ainda é melhor… temos muito mais para comparar.

- Gosto de alguns dogmas… gosto de contradições incapazes de fazer mal a uma mosca, de incoerências a bem do bom estado da minha natureza humana.
Só não sou ateu porque existe o Benfica!

Shamrock

Aleatório

Revolta-me que um gajo que não encontra outra solução que não seja matar-se resolva assassinar 30 pessoas antes de ir. Não compreendo que alguém seja tão estúpido, exibicionista e que dê tão pouco valor à condição humana.

Não concebo a dor de um pai que perde o seu filho num homicídio aleatório…

Notícia de última hora

Sócrates é um mandrião pluridisciplinar

Heraldo Shamrock

Estou chocado

"Sócrates estudou Direito na Universidade Lusíada"

"O primeiro-ministro, José Sócrates, estudou Direito na Universidade Lusíada, em Lisboa, entre 1987 e 1993, ainda que não tenha concluído nenhuma cadeira do primeiro ano, revelou a TVI. Esta informação nunca tinha sido tornada pública pelo primeiro-ministro.

Segundo a estação de televisão, José Sócrates, então deputado do PS, entregou a sua candidatura ao curso de Direito da Universidade Lusíada em 28 de Outubro de 1987, tendo-se matriculado no dia 6 de Novembro do mesmo ano. Foi-lhe atribuído o número de aluno 1289/87.

No ano lectivo seguinte, Sócrates desistiu logo após o início das aulas e, em Outubro de 1989, pediu reingresso e manteve-se inscrito até ao final do ano. Nos anos lectivos seguintes - 1990/91 e 1991/92 -, José Sócrates não se matriculou, tendo voltado à Lusíada em 10 de Setembro de 1992, quando pediu reingresso.

O gabinete do primeiro-ministro já confirmou esta informação à TVI, que aguarda agora autorização para ter acesso ao processo de aluno de José Sócrates na Universidade Lusíada."

no site do Público... à bocadinho

Estou chocado... não sei bem porquê, mas estou chocado... atão o gajo estudou direito e não disse a ninguém??? Foi concerteza p'ra se safar melhor das maningâncias em que se mete... gatuno...

Espero bem que a TVI não tenha que aguardar muito para ter acesso ao processo de um aluno que nem fez cadeiras... ainda vamos descobrir que ele fez batota na final do campeonato de sueca '88 do bar da Lusíada.

Orientem-se que eu, entretanto, vou meter mais um bocadinho de nojo e passar o fim-de-semana a Londres... beijinhos

Shamrock-mete-nojo-que-já-nem-se-lembra-do-último-fim-de-semana-que-passou-na-Irlanda

Jornalismo – de volta aos testamentos de sociedade

Já tive a oportunidade de escrever que a capacidade de bem comunicar é uma das qualidades mais importantes que temos como seres humanos.
Essa, aliada à evolução tecnológica criada pela nossa inteligência, trouxe-nos uma capacidade impressionante de difusão de informação.
Já tive a oportunidade de escrever que a informação é das nossas melhores e mais poderosas ferramentas e que, por isso, deve ser usada sempre que possível e, sempre que possível, deve ser usada com o respeito que merece.

Qual o principal veiculo de informação para o cidadão comum?.. lá está… o Jornalismo.

Tome-se o caso Sócrates (em duas doses e com um copinho de leite para empurrar):

Soube-se que o 1º Ministro acabou o seu curso de 5 anos nos dois primeiros anos de existência da UNI e que, ao que parece, nem ia às aulas… escândalo… é?
Questões: Ele fez os 3 primeiros anos do curso noutro lado qualquer? O Estado reconhecia à UNI a capacidade de leccionar os anos em questão? Há alguma coisa de ilegal no processo? As cadeiras eram com aulas obrigatórias?
É-me indiferente se o Sócrates ia às aulas, se copiava, deu a copiar ou se tirou o curso na Farinha Amparo! O nosso Estado tem organismos que controlam a qualidade do Ensino Superior. Toda a gente sabe que há universidades que não valem nada, mas esse controlo existe e se se registarem irregularidades o Estado deve intervir. Se o Sócrates cumpriu as regras do jogo, não teve um tratamento diferenciado em relação aos seus colegas e se o Estado não encontra irregularidades no processo, porque é que se anda a encher os espaços de comunicação social com meias noticias que não dizem nada sobre a legitimidade da sua licenciatura, nem sequer da sua conduta ética.

No Público que tão gentilmente me cederam no voo de regresso à terra madrasta lia-se o seguinte destaque:
“José Sócrates não terá entregue a sua tese de mestrado em Gestão de Empresas no ISCTE”

Tremi de horror… O 1º Ministro José Sócrates fez batota e não entregou a tese de mestrado?!!! Só por ter/ser uma personalidade politica?!!

Depois tremi de espanto… O 1º Ministro José Sócrates é Mestre?!!

Afiguraram-se assim duas hipóteses:

Hipótese 1ª - O 1º Ministro José Sócrates é Mestre!
Antes de mais queria parabenizar o Sr. Mestre José Sócrates. Só não o faço por não gostar da palavra “parabenizar”, preferindo assim, se vocês não se importarem, dar-lhe apenas os meus parabéns.
Se, entretanto, se verificar que o “não terá entregue” é um “não entregou”, fico escandalizado com esta situação por 2 motivos:
- Acho impensável que um Professor se arrisque a dar uma nota a uma tese que não foi entregue, não foi apresentada e não está disponível para consulta.
- Acho de uma profunda estupidez e/ou gigantesca prepotência que nem Professor nem aspirante a Mestre se tenham lembrado de plagiar uma qualquer tese antiga apenas para dar sustentabilidade mínima à filha-da-putisse que estavam a fazer.

Hipótese 2ª - O 1º Ministro José Sócrates não é Mestre!
Assim sendo fico contente com a notícia e volto a dar os meus mais sinceros parabéns ao Sr. José Sócrates porque se não fosse Mestre e tivesse entregue a tese queria dizer que tinha chumbado, o que, há que convir, fica sempre mal. Assim vai para casa com uma pós-graduação em gestão e já canta.

Li a noticia e cheguei à conclusão que o jornalista estava espantado com o facto de o ISCTE ter resolvido dar um título aos gajos que só fazem a parte curricular do mestrado.
Arrisco-me a dizer que o jornalista em questão ou não gosta do Sócrates e é mau jornalista, ou não sabe o que é um mestrado e foi responsável por um acto de mau jornalismo.

Acho que o Jornalista, como jogador titular de uma das equipas que compõem o Jornalismo “Profissional”, é uma peça importantíssima no funcionamento correcto de uma sociedade.
Dadas as especificidades da sua actividade, é importante que, para ser um bom profissional, este seja inteligente e bem formado o que nem sempre é possível, tendo em conta o rácio de pessoas genericamente pouco inteligentes e mal formadas (ou de momentos pouco inteligentes de pessoas até razoavelmente inteligentes e bem formadas) presente em todos os sectores da sociedade civil, militar ou de outra qualquer.
Assim lanço aqui um desafio às autoridades competentes: Investiguem a UNI, se for caso, fechem a dita e criem naquele lindo edifício uma super Universidade de Comunicação Social que forme grandes jornalistas e sirva de exemplo a todas as outras.
Já que estavam com a mão na massa podiam aproveitar para fazer uma mega discoteca de rock na cave, que a cidade está a precisar… que tal?

Aguardam-se cenas dos próximos capítulos desta novela que, na minha opinião, deveria girar mais à volta da UNI e do Ensino Superior e menos à volta do mediatismo do 1º Ministro. Sócrates, caso se confirme o “escândalo”, será uma pequena parte do grande escândalo. Uma pequena parte que (nesse caso, infelizmente) é a figura de proa da gestão do nosso País.

Shamrock

P.S.
Eu, por acaso, sou um ser humano e fui um aluno irrepreensível e exemplar a todos os níveis, mas sempre senti um carinho especial por aqueles meus colegas simpáticos e calorosos a quem ajudava na compreensão das matérias mais complexas, incentivava nos seus interesses extracurriculares, ensinava a pescar e só não deixava que copiassem por mim porque penso ser essa uma via que leva ao facilitismo na vida adulta de um Homem que se quer orgulhoso de si próprio.
Aliás, faltei uma vez a uma aula porque tive de ir levar o tatu da minha vizinha à clínica e passei o tempo todo na sala de espera a chorar de remorsos... ou a comer tremoços… já não me lembro.

P.P.S.
Resolvi fazer este post porque li sobre o assunto num blog que gosto de ler (que por sinal é da família de certos e frequentadores desta casa) e achei piada termos lido a mesma notícia (porque já não pegava no Público há uns meses).

C.C.C.P.
Não deixa de ser interessante, caso se confirme, que o diploma do 1º Ministro date de 8 de Setembro de 1996 que, só por acaso, calhou num Domingo.A investigar sem dúvida, mas sem sensacionalismos.

Santa Semana

Casimirisses – LoneRangismos I

Um paneleiro que nunca saiu da sua aldeia é sensível autóctone rectal?

Shamrock

n.d.r.
O Lone Ranger é um rapaz de peito aberto, cabeça levantada e chinelo no pé que gosta de dizer frases destas.
O Lone Ranger está doentinho e a precisar de carinho.

Ontem, enquanto chacinava os meus longos e belos cabelos, veio-se-me à cabeça, qual gel fixador, esta pérola da língua portuguesa.